Primeiro carro produzido pela Fiat do Brasil que abria sua fábrica em Betim
(MG), o 147 trazia novo conceito em tecnologia, aproveitamento de espaço e, em
tempos de crise do petróleo, atendia um mercado que exigia um carro econômico,
e para provar esse aspecto num de seus comerciais de lançamento, a Fiat exibiu
um 147 L atravessando a ponte Rio-Niterói (14 km) com apenas 1 L de
gasolina. Foi oferecido primeiramente na versão L e GL de motor 1050 e 55cv,
posteriormente ganhou versões mais requintadas com motor 1300 61cv; A GlS e o
esportivo "Rallye", houve também uma série especial chamada
"TOP". Em seus quinze anos de produção o Fiat 147 passou por duas
reestilizações, sem grandes mudanças na carroceria. Na primeira reestilização
ganhou uma frente mais baixa com faróis e grade inclinados, no estilo que a
marca chamou "Europa" em 1980 e, mais tarde, em 1983, a segunda que
foi chamada Spazio, incorporando para-choques de plástico envolventes no estilo
alusivo a modelos contemporâneos da marca como o Fiat Ritmo
e o lançamento do ano seguinte Fiat Uno. O Spazio foi oferecido nas versões CL, CLS e o
esportivo TR substituindo o "147 Rallye", tinha cambio opcional de 5
marchas.
Teve uma versão picape
lançada em 1978, a princípio chamada de Fiat 147 Pick-up. Em 1982, ganhou
plataforma igual à da Panorama e passou a se chamar Fiat
Fiorino. Na mesma época, foi lançado a versão furgão, que é produzido até
hoje, na plataforma do Uno. A perua Fiat Panorama, foi lançada em 1980 e a versão sedã, Fiat Oggi,
em 1983. Essas versões tiveram vida curta (apenas até 1986). A versão Hatchback
do 147 saiu de linha no Brasil em 1986 sendo substituída pelo Uno, embora o
Spazio continuasse sendo montado para exportação até 1993, e o ferramental de
produção foi em parte transferido para a Argentina, onde foi montado até 1996.
As versões pick-up e furgão (Fiorino) foram substituídos pela plataforma do Fiat Uno em
1988.
Foi eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1978.
Na época seu único concorrente era o VW Fusca que, tinha um desempenho e consumo
inferiores. Porém a mecânica sofisticada do 147 na época demandava mais
conhecimentos técnicos para sua manutenção, como a troca mais frequente da correia de distribuição
(40.000 Km), acarretando sua "má fama" devido a inobservância dos
proprietários a esses aspectos. Seu cambio foi criticado por apresentar maior
dificuldade para encontrar as marchas em suas primeiras versões, problema que
foi em parte solucionado pela Fiat a partir dos modelos de 1984. Porta-malas =
352 litros
Na foto, um Fiat 147 Rallye
Pioneirismo:
O 147
marcou seu pioneirismo em várias formas:
- Primeiro carro da Fiat produzido no Brasil, marcando o início das operações da fábrica de Betim, Minas Gerais;
- Primeiro carro brasileiro com motor transversal dianteiro;
- Primeiro carro no Brasil com coluna articulada;
- Primeiro carro a álcool fabricado em série em todo o mundo (a partir de 1976);
- O menor carro a diesel da época, sendo vendido na Europa e Argentina;
- Primeiro carro brasileiro com todas as "variantes": hatch, sedan, perua, furgão e pick-up, faltando apenas as variantes conversível e utilitária esportiva;
- Primeiro carro brasileiro com o estepe junto ao compartimento do motor, ou seja embaixo do capô dianteiro;
- Primeiro carro brasileiro de pequeno porte com suspensão independente traseira;
- Primeiro carro no Brasil a utilizar pára-choques de plástico polipropileno em larga escala (no modelo Europa em 1980);
- Primeiro carro brasileiro com desembaçador traseiro.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fiat_147
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